Com um serviço tão firme quanto silencioso, a estilista Marisa Ribeiro é um tipo único que vai pela contramão da moda - há trinta e três anos no mínimo, desde que tua marca surgiu. Não se interessa por modismos nem tendencinhas nem ao menos efemeridades. Sustenta-se com um tipo de formação atemporal, preciosa nos equipamentos e minimalista no design, onde essência se sobrepõe à aparência. “Não faço uma blusa porque o mundo inteiro está comprando, só por causa de todo mundo quer.
Ando um pouquinho na contramão”, diz. Por que abrir uma loja de moda em plena Gabriel Monteiro da Silva? Sempre tive essa vontade visto que acho uma rodovia muito elegante, um corredor por onde que meu público passa muito. Acho uma formosa vitrine a Gabriel. E como meu item bem como não é um produto focado em moda, é muito mais design de roupa do que moda, eu não faço fashion.
É totalmente desigual, tenho este ver arquitetônico. E pertence ao lado da minha moradia, vou a pé, evolução a propriedade de existência. Meu ateliê vai ser lá assim como. Como a loja é muito amplo, tem uma cota que tem o salão com as roupas e fiz um lounge, com um sofá confortável e onde irei ter alguns artistas. São pessoas que fazem objetos de arte, não tem assunto em ser uma galeria, contudo sim em notabilizar o que acho de mais moderno, de mais boa.
Todas são legais. Um é o serviço da Iza Figueiredo, que faz um serviço com placas muito fininhas de cerâmica colocadas em caixas de madeira. Tem o trabalho do Sergio Machado, ele faz umas coisas muito bonitas, como um diário todo bordado à mão. ] com pedras brutas e peças da Regina Dabdab que trabalha com fragmentos da natureza, um coisa viking de que adoro muito, tem uma sensibilidade agreste. Fui pra Escandinávia inteira. É ótimo, sou superfã. Amo muito da simplicidade deles e da sofisticação, do design, da maneira como eles olham as coisas.
Tem muito a olhar contigo e com teu serviço, não? Me identifico muito com o fazer nada, os designs são a toda a hora funcionais, mais limpos, tem menos coisa e mais propriedade. Tem um movimento muito em voga contudo ainda inabitual que é do slow fashion. Você se identifica com isso?
Acho que meu trabalho é atemporal, não é um serviço sazonal para uma estação. Sou contra você ter bastante coisa. Acho que carecemos ter poucas coisas e que sejam boas, de propriedade, que te façam constatar bem, que sejam confortáveis e te façam feliz. Serviço com algodão que eu trago do Egito.
Escolho onde obter mando fazer o fio para mim, com um acabamento que deixa ele muito macio, permite que você lave e seque pela máquina. Serviço muito com cashmere da Mongólia, que é o melhor que existe, e com outras malhas mais grossas pra utilizar como suporte dos tricôs. Tuas criações têm um modo minimal. Não adoro de roupa enfeitada. No momento em que a mulher fica enfeitada, a roupa distrai.
Prefiro coisas lisas, emprego muito pouco estampa. Quando muito é uma listra, uma bola. Não amo de roupa enfeitada. Quando a mulher fica enfeitada, a roupa distrai, tira a atenção dela. Gosto de roupas despojadas e sempre confortáveis. Ter conforto é uma coisa muito moderna. Essa coisa de você estar engessada ou comprimida dentro de uma roupa, não tenho dúvida isto muito melancólico.
Acho que começa a entrar num ponto em que ela tem que caminhar toda desconfortável pra que? Ela não tem nada para sobressair melhor que isso? E o tipo de pessoa que ela atrai desse jeito bem como acho choroso. Acho que temos coisas melhores para trocar. Como enxerga o mercado de moda no Brasil hoje?
De qual mercado você diz? Não vejo nada, não possuo a menor paciência, acho que é muita perda de tempo. Esse mundo de que você está explicando é um universo do qual sou muito afastado: de moda para o ego. Meu serviço é pra alma. É vestir aquilo que você sente, que é claro, que você não necessita evidenciar pra ninguém. Tem uma coisa espiritual nisso.
0 
Star